A devoção à imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, começou no ano de 1085, quando os cristãos alcançaram um grande milagre por intercessão da Virgem.
O rei Afonso VI, tendo tomado a cidade de Toledo, prometera em tratados, que ficaria em poder dos mouros uma célebre igreja da cidade, onde Maria Santíssima era muito venerada.
Partindo Afonso VI para Castela, deixou em Toledo sua esposa, a rainha Dª Cristina e o Arcebispo D. Bernardo, os quais sentindo o desejo ardente dos cristãos e impulsionados também por sua fé, resolveram tomar o Templo. E assim o fizeram. Idignado, o rei, por não ter sido respeitado o seu juramento, resolveu castigar severamente os principais autores daquela afronta.
Os cristãos foram-lhe ao encontro, vestidos de luto e cilício, implorando clemência; outros no Templo imploravam a Maria Santíssima que tocasse o coração do monarca. E Nossa Senhora os atendeu,
Os mouros rogaram ao rei que perdoasse à rainha e ao Arcebispo, renunciando à posse do Templo em questão. O rei aceitou com prazer aquele pedido.
Entrou a procissão triunfante na cidade e, dirigindo-se ao Templo da Virgem, renderam-lhe graças por haver conseguido a paz para a cidade de Toledo. Para que se perpetuasse a memória de tão grande benefício, instituiu-se a "festa de Nossa Senhora Rainha da Paz" que passou a ser anualmente celebrada no dia 24 de janeiro.
Como naqueles tempos a Europa vivesse contínuas guerras, os reis e capitães nunca partiam para os combates sem antes virem rezar aos pés de Nossa Senhora Rainha da Paz.
Os anos foram passando e a devoção à imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz foi-se espalhando. Crescia também o número de milagres realizados pela Virgem, venerada na pequena imagem.
Um desses milagres se deu no dia 21 de junho de 1651, quando várias pessoas doentes, atraídas pelo canto da "Salve Regina", entoado por crianças diante da porta dos capuchinhos, recuperaram imediatamente a saúde.
Uma capela espaçosa foi construída para acolher também os peregrinos, sempre mais numerosos, que vinham ali pedir e agradecer à Virgem as mais variadas graças.
Em 1806, o Padre José Maria Coudrin, fundador da Congregação dos Sagrados Corações, veio a conhecer essa preciosa relíquia.
A Madre Henriqueta, co-fundadora da Congregação, no ramo feminino, conseguiu levar para o pequeno Convento da Rua de Picpus a Rainha da Paz.
Em 1840, o Convento das Irmãs foi saqueado, mas a palavra da Madre Fundadora foi confirmada: "Chegará o dia que a ela (à Rainha da Paz) deveremos a nossa conservação". As irmãs não foram molestadas nem dispersas.
A transladação da imagem se realizou no dia 9 de julho de 1652. O Papa Alexandre VII confirmou as honras prestadas à Rainha da Paz concedendo uma indulgência plenária a todos os que visitassem a Capela no dia 9 de julho.
Os padres e irmãs, a exemplo de seus fundadores, conservam até hoje essa devoção à imagem de Nª Srª Rainha da Paz.
"É que também não cessam de ser registradas, com a mesma prodigalidade, as bênçãos e as graças extraordinárias com que a Virgem Santíssima Augusta Rainha da Paz continua a favorecer os devotos de seu amantíssimo coração". (Pe. Sebastião Maria, ss.cc.)
A imagem de Nossa Senhora da Paz e suas origens
Bem podiam ver, a Madre Enriqueta (Congregação dos Sagrados Corações) e suas filhas, ao tomar posse da casa de Picpus, uma particular predileção da Providência sobre elas, e como uma consagração de sua vocação de reparadoras. Aqueles lugares haviam sido testemunhas dos sanguinários excessos da revolução e conservavam em seu recinto os restos das 1.300 vítimas imoladas pelo carrasco.
Nosso Senhor quis dar às religiosas dos Sagrados Corações uma nova prova de sua predileção confiando à sua custódia e à sua piedade a imagem milagrosa de sua Mãe, venerada sob o título de Nossa Senhora da Paz.
Basta, para convencer-se, conhecer a história desta milagrosa imagem, o tradicional culto de que era objeto e a maneira como chegou a ser o amparo do Instituto. A imagem de Nossa Senhora da Paz tem uma altura de 11 (onze) polegadas; é de cor castanha, quase negra; de uma madeira especial, cuja classe não se pode precisar. A Virgem Maria está representada nela em uma atitude grave e majestosa.
A cabeça coroada, parece uma rainha. Leva o Menino Jesus no braço esquerdo e tem na mão direita um ramo de oliveira. Não se pode determinar a origem da imagem, mas sua antiguidade não se põe em dúvida. A família Joyeuse a conservou por muito tempo.
"Esta imagem, escreve Sir Leopoldo de Asfield, se havia conservado com veneração durante mais de três séculos no palácio dos Duques de Joyeuse desde a época em que o chefe desta ilustre família entrou para a Ordem dos Capuchinhos".
"Afirma-se, diz o historiador de Nossa Senhora da Paz, que esta santa imagem é uma herança da ilustre linhagem de Joyeuse, que devia pertencer por sucessão àquele dos descendentes desta nobre família que tivesse mais devoção em conservá-Ia".
No reinado de Enrique III foi dada ao Duque de Joyeuse, conhecido depois com o nome de Padre Angel. Este fazia dela o principal adorno e o mais rico tesouro de sua casa. Construiu para ela uma capela em seu palácio.
Na época em que o Duque foi habitar na rua de Saint-Honoré, os Capuchinhos não tinham ali mais que uma pequena residência.
Rapidamente o Rei Henrique III transformou-a em um convento que ele mesmo fez edificar. Como o número de religiosos crescesse, o Rei julgou necessário aumentar o edifício.
Apenas conheceu o projeto, o Duque de Joyeuse cedeu uma parte do terreno que pertencia a seu palácio. A capela de Nossa Senhora da Paz estava contida nesta: porção; foi derrubada para aumentar o jardim e a imagem abençoada foi colocada sobre a porta exterior do convento dos Capuchinhos, onde permaneceu cerca de sessenta anos.
As memórias do tempo dizem que, durante muitos anos seguidos, uma luz resplandecente aparecia durante a noite no lugar em que estava colocada a imagem de Nossa Senhora da Paz. Muitos fiéis iam assiduamente fazer suas orações diante da Santíssima Virgem.
Por anos consecutivos, se viu um jovem que ia todos os sábados levar flores orar aos pés de Nossa Senhora e desaparecia em seguida sem que jamais se soubesse quem era e de onde vinha; assim se acreditava que era um anjo enviado do céu para honrar a Maria.
Continuou indo, até que a imagem foi transportada à Igreja dos Capuchinhos.
Grandes Maravilhas
Entre os fiéis servidores de Maria, destacava-se um capuchinho chamado Antônio Paris. Vivia em grande pobreza, gostava de guardar silêncio e sua humildade o fazia escolher os trabalhos mais singelos.
Trabalhava perto da porta onde estava Nossa Senhora da Paz. Em seus momentos de tempo livre, cultivava um pequeno jardim e de acordo com outro santo religioso chamado Simon Dici, cortava as mais formosas flores para ir oferecer a Nossa Senhora.
Como lhe perguntassem por que preferia aquela imagem a outras mais belas que havia no convento, depois de guardar um grande momento de silêncio, como era seu costume, respondeu por fim que aquela imagem, colocada na porta, comovia seu coração e que brevemente Deus se serviria dela para operar grandes maravilhas.
Este varão piedoso morreu no ano de 1647 após uma longa vida cheia de boas obras. A profecia daquele religioso não tardou em se cumprir.
Mandado Celestial
A santa imagem continuava sempre colocada na porta externa do convento dos Capuchinhos, quando no dia 21 de julho de 1651, véspera da festa da Madalena, ocorreu um fato admirável.
Por motivo secreto, ainda desconhecido para nós, por uma espécie de mandado publicado pela voz das crianças, reunidos alguns deles e ajoelhados diante da santa imagem começaram a cantar a toda voz a Salve Rainha.
Cantavam tão alto para honrar a Mãe de Deus que suas vozes Infantis se fizeram ouvir desde a cidade até nos bairros extremos de Paris daquela época.
As crianças destes bairros foram se reunindo e apesar das resistências, saíram em procissão, seguindo uma cruz de madeira, com os pés descalços, coroados de flores e entoando as ladainhas da Virgem até chegar diante da venerada imagem.
Todos os seguiam e reuniu-se tanta gente que mal se podia atravessar a rua. As pessoas se detinham ante aquele terníssimo espetáculo, dobrando os joelhos.
Os enfermos também vieram, confiando firmemente em que recobrariam a saúde naquele lugar no qual, ninguém, até então, havia pedido à Santíssima Virgem.
Foi grande a afluência de gente. Nem o escurecer, nem o mal tempo, foram obstáculo para que aumentasse extraordinariamente o número.
O silêncio de nossos devotos foi interrompido com os gritos de "milagre!".
Indulgências Plenárias
As maravilhas operadas por Nossa Senhora da Paz a fizeram imediatamente célebre.
Era tão venerada que o povo censurava os Capuchinhos, sem ouvir suas explicações, por deixar a santa imagem em uma rua.
Grande número de sacerdotes e de religiosos pediram para transportar para suas igrejas a Virgem milagrosa, para que fosse venerada com mais decoro; mas teria sido injusto privar dela os padres Capuchinhos.
Para dar satisfação a tantas reclamações, se decidiu transferir a imagem a uma capela vizinha da tumba do padre Angel. A cerimônia aconteceu com grande solenidade em 24 de setembro de 1651.
Os milagres se multiplicaram, a capela ficou rapidamente muito pequena para a devoção dos peregrinos. Madame de Guise, filha do Duque de Joyeuse, mandou construir uma capela mais espaçosa, e em 9 de julho, dia de sua festa, Nossa Senhora da Paz tomou posse de seu novo oratório.
Foi levada pelo Núncio, escoltada pelo Rei, pela Rainha, pelo Duque de Anjou e por toda a Corte. O Papa concedeu indulgência plenária perpétua a todos os que visitassem sua capela no dia do aniversário de seu traslado.
Milagres
Em 1658, estando enfermo Luís XIV na cidade de Calais, as pessoas mais notáveis da Corte fizeram pedidos à Virgem para obter a saúde do jovem monarca. A Duquesa de Vendome fez uma novena nesta intenção, diante da imagem de Nossa Senhora da Paz .
Em 9 de julho se constatou que o Rei estava fora de perigo. Aos olhos de todos sua cura foi um ato visível da proteção da Virgem. O Rei voltou a Paris em 14 de agosto e no dia 16 foi à Igreja dos Capuchinhos em ação de graças à Mãe de Deus.
Um jovem a serviço de uma pessoa importante, havia conquistado, por sua boa conduta, a confiança e o afeto do seu amo. Os demais criados, invejosos de sua primazia, subtraíram uma soma importante e o acusaram deste roubo, para o qual procuraram testemunhas. O presumível culpado foi encarcerado; o pai deste infeliz fez várias tentativas com os juizes, que não lhe davam nenhuma esperança pois todas as provas estavam contra ele.
Segundo a jurisprudência da época, o acusado devia ser torturado. O pai desolado, mandou celebrar uma missa no esmo dia em que seu filho devia sofrer a tortura. Quando iam colocá-lo sobre o potro um juiz disse que tinham bastante testemunhas para que confessasse e que não era necessária tortura.
No dia seguinte, devia pronunciar-se a sentença e não havia dúvidas de que seria condenado à morte. O pobre pai do acusado foi à capela orar aos pés do crucifixo e ouviu uma voz que lhe disse: "Recorre a minha mãe que está nos Capuchinhos".
Foi, ouviu uma missa e ao terminar o Santo Sacrifício experimentou uma convicção interior de que seu filho não havia sido condenado.
Com efeito, enquanto se recolhiam os votos, quando a maioria dos jurados pedia a pena de morte, um deles manifestou que cria inocente o acusado e pediu que chamassem outra vez uma das testemunhas para ser novamente interrogada.
Chamada, confessou a falsidade de sua declaração e assegurou que desde há duas horas estava atormentado pelos remorsos de tal forma que não podia suportar. O inocente foi salvo e Nossa Senhora da Paz foi glorificada.
A Revolução
A imagem milagrosa continuou sendo venerada em sua capela até 1790. Em agosto desse ano a revolução rigou os padres Capuchinhos a deixar seu convento.
Não querendo expor a imagem ao furor e ao ultraje dos ímpios, um dos religiosos a levou e temendo não poder conservar de modo seguro tão precioso tesouro, a confiou, com a autorização de seu superior, à senhorita Papín, que a guardou até 1792 quando obrigada também a abandonar Paris, a entregou à senhora Albert de Luynes, canonisa de Remiremont, muito devota da Virgem e que havia obtido várias graças orando diante da imagem.
Ao entregar à senhora de Luynes tão precioso tesouro, a senhorita Papín fez constar sua propriedade mediante uma ata escrita e assinada pela nova depositária.
Quando morreu esta senhorita, o direito de posse passou à sua irmã, a senhora viúva de Coipel, que prometeu deixar a imagem com a senhora de Luynes enquanto vivesse.
A Imagem na Congregação
Morreu a senhora de Luynes e também a viúva de Coipel e a Imagem passou a um filho desta que deixou à esposa a liberdade de dispor do direito como desejasse.
Esta senhora, vivamente impressionada pelos sermões do Padre Coudrin, em Saint-Roch, o havia escolhido como seu diretor espiritual. Tinha nele uma confiança sem limites.
Ia todos os domingos à modesta capela onde o sacerdote iluminado por Deus deixava transbordar seu coração no meio de seus filhos.
A senhora de Coipel julgou que em nenhuma parte podia estar melhor Nossa Senhora da Paz do que naquele santuário onde se adorava seu Filho noite e dia.
Este oferecimento pareceu ao Fundador (da Congregação dos Sagrados Corações) uma nova prova da predileção, dentre as muitas recebidas da Mãe de Deus por sua Congregação. Ficou decidido que a cessão seria feita em nome de Enriqueta Aymer, colaboradora do Padre Coudrin.
Mas a família Luynes não estava disposta a se desfazer de seu tesouro; por outro lado, muitas comunidades ambicionavam a imagem e portanto, havia que se superar muitas dificuldades, como o demonstra a seguinte carta do Padre Coudrin: "A pobre Madre continua trabalhando para conseguir a imagem de Nossa Senhora da Paz; a imagem milagrosa que possui a família de Joyeuse desde quinhentos ou seiscentos anos. Me fizeram a sua doação. A senhora de Luynes deixou para ela um legado de mil escudos, mas estamos dispostos a perde-los para não renunciar ao precioso tesouro".
"Quando nossa Boa Mãe, disse a irmã Justina Charray, dava os passos para obter a imagem de Nossa Senhora da Paz, nos disse que rogássemos para que chegasse a conseguí-la e ajuntou: "Chegará um dia em que lhe deveremos a nossa sobrevivência. Quero ir pedi-la cinco vezes em honra das cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo".
No último dia nos fez oferecer a Comunhão por esta intenção; saiu e tivemos o consolo de vê-Ia voltar trazendo a imagem milagrosa; era 6 de maio de 1806".
Dias de Perigo
Durante a Revolução, no dia 12 de abril de 1871, os insurretos conduzidos pelo capitão Lenotre, assaltaram a capela de Nossa Senhora da Paz, onde entraram como em um lugar profano.
Apesar dos protestos enérgicos da madre Priora e das irmãs, abriram o Tabernáculo e profanaram as Sagradas Espécies; se apoderaram de todos os objetos que encontraram: cálices, ostensório, custódia, cruz, etc. A superiora tentou em vão reclamar.
Quando a irmã Benjamina Le Blais viu a imagem da Virgem no meio os diversos objetos amontoados, não pôde conter-se. Sua voz suplicante, sua atitude, tudo nela revelava uma grande dor.
Lenotre, dissimulando a emoção, disse: "És uma mulher corajosa", e juntou: "Dêem-na e que nos deixe em paz, e além disso não é mais que madeira".
E tomando a imagem ele mesmo a colocou perto do altar. Pouco depois as irmãs tiveram o consolo de voltar a colocar a imagem em seu trono. Mas, continuava a perseguição. No dia 5 de maio as religiosas, 85, foram levadas para a prisão de São Lázaro. A imagem ficou escondida em lugar seguro e a divina Mãe permaneceu, deste modo, guardiã do santuário da casa de Picpus durante aqueles dias de desolação.
Três semanas mais tarde, no dia 24 de maio, festa de Nossa Senhora Auxiliadora, as prisioneiras foram postas em liberdade.
Todos os corações e os olhos se elevaram até essa estrela cujo fulgor suavíssimo havia feito desaparecer a tempestade.
Veio a se confirmar, mais uma vez, o que a Boa Mãe havia predito: "Chegará o dia em que lhe deveremos a nossa sobrevivência".
Sua Coroação
Tendo escapado da pilhagem e da profanação, em 1871, a imagem milagrosa de Nossa Senhora da Paz foi coroada solenemente em 9 de julho de 1906, em nome de sua Santidade Pio X, por sua Eminência Reverendíssima Dom Amette, então Arcebispo de Paris.
Revestido de seus paramentos, colocou uma coroa sobre a augusta fronte de Maria, dizendo: "Assim como sois coroada por nossas mãos na terra, possamos merecer, por vossa intercessão, ser coroados de glória e honra no céu por Jesus Cristo, vosso Filho".
E continuou: "Vós a haveis coroado, Senhor, e a aveis colocado acima das obras de vossas mãos... Ó Pai, cheio de misericórdia, dignai- Vos concedernos que todos queles que honrarem humildemente a imagem de Nossa enhora da Paz, Rainha de Misericórdia, Soberana nossa, cheia de bondade, sejam livres dos perigos que os ameaçam, ue obtenham diante de vossa Divina Majestade o perdão do mal que tenham feito e do bem que tenham omitido, que mereçam obter prontamente as graças que pedirem e gozem no céu da glória eterna com vossos eleitos.
Sua festa
Sua festa se celebra no dia 9 de julho e durante a novena a imagem é exposta à veneração dos fiéis. Na casa de Picpus é amada como Mãe e honrada como Rainha.
Cada nova professa vai inclinar a cabeça sobre seus pés virginais; a seu coração se entregam todos os sofrimentos todos os desejos; a seu amor maternal todos os temores; de eu poder soberano se espera o socorro nos dias de perigo e sempre se mostrou, por sua misericórdia para com todos, não só Rainha da Paz mas, também, Mãe de doce e santa Esperança.
Nossa Senhora Rainha da Paz! Rogai por nós que recorremos a Vós!