Dogma é uma verdade revelada por Deus, e, como tal, diretamente proposta pela Igreja a nossa fé.
A revelação, fonte do dogma, dá a conhecer o ensino divino em seu próprio conceito: tal é a primazia de Pedro e de seus discípulos e como conseqüência a infalibilidade pontifícia.
Para que uma verdade revelada seja um dogma é necessário que este proposta diretamente a nossa fé por uma definição solene da Igreja ou pelo ensino de seu magistério ordinário.
No Evangelho se sublinha várias vezes a natureza da fé Está descrita como uma adesão ao ensino divino anunciada por Cristo ou pregada em seu nome e com sua autoridade pelos apóstolos. No evangelho de São Marcos o encontramos:
"Depois lhes disse: "Ide pelo mundo e pregai a boa nova a toda a criação. O que cria e se batize se salvará; o que não cria, será condenado." (Mc 16, 15 - 16).
"A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados." (Hb 11, 1 - 2).
Desde o século I ao IV, esta doutrina se manifesta pela insistência com a qual os Santos Pais afirmam a obrigação de crer integralmente na doutrina ensinada por Jesus Cristo aos apóstolos.
Para que o ensino divino contida nas Sagradas Escrituras seja um dogma são necessárias duas condições:
O sentido deve estar suficientemente manifestado
Esta doutrina deve estar proposta pela Igreja como revelada. Quando o texto das escrituras está definido pela Igreja como contendo um dogma revelado, cujo sentido preciso determina, é um dever estrito para os exegetas católicos aceitá-lo.
A revelação feita por Jesus cristo e anunciada aos apóstolos tem seu caráter definitivo e imutável; a doutrina de São Paulo mostra bem este caráter.