Afirma o IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216):
"... a humana, composta de espírito e de corpo." Dz.428.
O Concílio Vaticano I afirma (1869-70), sob Pio IX (1846-78):
"... a humana, como comum, constituída de corpo e alma." Dz. 1783.
Segundo a doutrina da Igreja o corpo é parte essencialmente constitutiva da natureza humana; e não carga e estorvo como disseram alguns. (Platão,e outros Originistas). Igualmente, para defender o dogma católico contra os que diziam que o homem consta de três partes essenciais: o corpo, a alma animal e a alma espiritual.
O Concílio VIII de Constantinopla declarou: "... que o homem tem uma só alma racional e intelectual..." Dz. 338.
A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva). Dz.1655.
Sagradas Escrituras:
"O Senhor Deus formou ao homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento de vida..." (Gn 2, 7).
"... antes de que o pó volte à terra de onde saiu e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7).
"Não tenhais medo aos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes Aquele que pode destruir o corpo e a alma na geema." (Mt. 10, 28).
Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual somos conscientes de que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gere a sensibilidade e a vida vegetativa.
O Concílio de Trento (1545-63), sob Paulo III (1534-49) publicou o "Decreto sobre o pecado original". 17 Junho 1546:
"...Se algum afirma que a prevaricação de Adão o prejudicou somente a ele e não a sua descendência... Se algum afirma que este pecado de Adão, que é por sua origem apenas um só, e transmitido a todos por propagação, não por imitação, é próprio de cada um..." Dz. 789-90.
O Concílio de Trento condena a doutrina de que Adão perdeu para si apenas, e não também para nós todos, a justiça e Santidade que havia recebido de Deus. Positivamente ensina que o pecado, que é morte da alma, propaga-se de Adão a todos seus descendentes por geração não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo.
"Tal pecado se apaga pelos méritos da Redenção de Cristo, os quais se aplicam ordinariamente tanto aos adultos como às crianças por meio do sacramento do batismo. Por isso, ainda às crianças recém-nascidas recebem o batismo para remissão dos pecados." Dz. 791.
Sagrada Escritura:
"Eis que aqui nasci; em culpa e em pecado me concebeu minha mãe..." (Sl. 50,7).
"Por conseguinte, por um homem entrou o pecado no mundo... assim a morte passou a todos os homens... pela obediência de um, muitos serão justiçados..." (Rm. 5, 12-21).
O efeito do batismo, segundo a doutrina do Concílio de Trento, é apagar realmente em nós o pecado e não apenas que não nos impute uma culpa estranha. Dz. 792.
Afirma o Concílio de Trento (1545-1563), sob Paulo III (1534-1549): "Que os homens caídos eram de tal forma escravos do pecado que se achavam sob a servidão do demônio e da morte, que nem os gentis podiam livrar-se nem levantar-se com a força da natureza, nem os judeus podiam fazê-lo também não com a letra da lei mosaica." Dz. 793.
Concílio Vaticano II decreto "Ad gentes" n. 8, declara: "Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar o ordem sobrenatural, destruído pelo pecado. Opõe-se à doutrina católica o pelagianismo, segundo o qual o homem tem em sua livre vontade o poder de redimir-se a si mesmo, e é contrário também ao dogma católico o moderno racionalismo, com suas diversas teorias de " auto-redenção".
Sagradas Escrituras:
"Conforme Rm 3,23, Pois todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus (graça de justificação); e agora são justificados gratuitamente por sua graça, pela redenção de Jesus Cristo.
O pecado, enquanto ação da criatura é finito, mas, enquanto ofensa a Deus é infinito, portanto exige uma satisfação de valor infinito.