Em 1664, Benedita Rencurel, 16 anos, acabava de conduzir o rebanho de seu patrão para a montanha de São Miguel, quando um ancião lhe aparece e diz: "Amanhã deves ir ao vale de Santo Estevão; lá verás uma bela senhora, que é a Mãe de Deus".
"A Mãe de Deus está no céu", respondeu-lhe Benedita, "como é que poderei vê-la aqui na terra"? "Ela está no céu, mas vem à terra quando quer", replica o ancião e desaparece, deixando Benedita admirada e perplexa.
As primeiras aparições ocorreram em uma pobre capela coberta de colmo, a qual ainda existe. Durante 54 anos a Virgem formou e animou Benedita, para que ela fosse sua colaboradora na conversão dos pecadores.
Foi construída uma igreja, em que se dispensaram numerosas graças por Nossa Senhora. Uma manifestação particular se reproduziu muitas vezes durante dezenas de anos. Essas manifestações sobrenaturais foram descritas por vários sacerdotes que as presenciaram. Celestes perfumes se espalhavam pelo interior da capela durante a Missa e durante outros atos de devoção.
Uma obra antiga escrita por um padre que estudou os acontecimentos de Laus relata com cuidado todos os fatos maravilhosos. Ele cita igualmente os combates que a privilegiada vidente teve de sustentar para poder cumprir sua missão.
No dia 25 de março de 1665, um ano apenas após a primeira aparição de Nossa Senhora, depois de numerosos prodígios e milagres, 35 paróquias da região se reuniram no abençoado lugar.
A imagem de Nossa Senhora, colocada na igreja construída para perpetuar suas aparições, tomou o título de Nossa Senhora de Laus. Fazem-se peregrinações ao santuário de Laus na quinta-feira de Pentecostes, em 15 de agosto e em 8 de setembro.
Benedita Rencurel morreu em odor de santidade em 28 de dezembro de 1718.
Uma obra antiga escrita por um padre que estudou os acontecimentos de Laus relata com cuidado todos os fatos maravilhosos. Ele cita igualmente os combates que a privilegiada vidente teve de sustentar para poder cumprir sua missão.
No dia 25 de março de 1665, um ano apenas após a primeira aparição de Nossa Senhora, depois de numerosos prodígios e milagres, 35 paróquias da região se reuniram no abençoado lugar.
A imagem de Nossa Senhora, colocada na igreja construída para perpetuar suas aparições, tomou o título de Nossa Senhora de Laus. Fazem-se peregrinações ao santuário de Laus na quinta-feira de Pentecostes, em 15 de agosto e em 8 de setembro.
Benedita Rencurel morreu em odor de santidade em 28 de dezembro de 1718.
A mensagem de Laus: Benôite Rencurel nasceu em 16 de setembro de 1647, em Saint-Étienne d’Avançon (Alpes do sul – na França). Seu pai faleceu quando ela tinha 7 anos. Nunca aprendeu a ler nem escrever e sua única instrução era o sermão da Missa dominical. Em um dia de maio de 1664, Benôite, que trabalhava como pastora para uns camponeses vizinhos, estava rezando o Rosário quando viu uma bela Senhora sobre um penhasco, levando pela mão um menino de beleza singular.
“Formosa Senhora! – disse-lhe –, o que estão fazendo aí acima? Querem comer comigo? Tenho um pouco de pão bom, nós o molharíamos na fonte”.
A Senhora sorriu diante de sua simplicidade, mas não lhe disse nada. Benôite então pediu à Senhora para ficar um pouco com o menino, mas a Senhora sorriu de novo sem responder. Depois de permanecer algum tempo com Benôite, a Senhora toma seu menino nos braços e desaparece em uma cova. Por quatro meses, a Senhora se mostra todos os dias, conversando com grande familiaridade com a jovem, educando-a para sua futura missão. Benôite conta suas visões à proprietária do rebanho, que em princípio não acredita, mas numa manhã a segue em segredo até o pequeno vale do Fours. Uma vez ali, não consegue ver a Senhora, mas ouve as palavras que esta dirige a Benôite.
A aparição pede a Benôite que advirta a sua patroa dos perigos que corre sua alma: “Tem uma mancha na consciência. Que faça penitência”. Afetada por aquilo, esta se corrige, volta a frequentar os sacramentos e vive o resto de seus dias muito cristãmente.
Em 29 de agosto, Benôite pergunta à visitante como se chama, e Ela lhe responde: “Meu nome é Maria”. Durante o inverno de 1664-1665, Benôite sobe até o Laus muito frequentemente, onde vê toda vez a Senhora, que lhe recomenda “rezar continuamente pelos pecadores”. A notícia das aparições se propaga entre os aldeãos, graças às vigílias das noites de inverno.
Nossa Senhora se revela em Laus como reconciliadora e refúgio dos pecadores e, por isso, contribui com sinais para convencer a estes da necessidade de converter-se. Ali pediu que fosse construída uma igreja e uma casa para sacerdotes, para atrair os cristãos desejosos de viver um caminho de conversão, especialmente por meio do sacramento da confissão. Desde as origens das peregrinações, as curas físicas e morais foram reconhecidas em grande número, especialmente através da unção com o azeite da lâmpada do Santuário.
Benôite toma a sério a missão recebida de Nossa Senhora; torna-se membro da Ordem Terceira Dominicana e se dedica a preparar os pecadores para que recebam o sacramento da Penitência. Anima com frequência os dois sacerdotes do santuário para receberem os peregrinos com doçura, paciência e caridade, empregando uma bondade especial para com os mais pecadores, a fim de incitá-los ao arrependimento. Nossa Senhora pede a Benôite que admoeste as mulheres e as moças de vida escandalosa, especialmente as que cometem aborto, aos ricos injustos ou perversos, aos sacerdotes e religiosos infiéis a seus compromissos sagrados.
Entre 1669 e 1679, Benôite é abençoada com cinco aparições de Jesus, que se revela em um estado de sofrimento. Em uma sexta-feira de julho de 1673, Jesus ensanguentado lhe diz: “Minha filha, mostro-me neste estado para que participes das dores de minha Paixão”.
Depois de mais de duas décadas de sofrimentos e constantes aparições de Nossa Senhora e dos anjos, Benôite recebe a Comunhão no dia de Natal de 1718, e três dias mais tarde se confessa e recebe a Unção dos Enfermos. Por volta das oito da noite, Benôite se despede dos que a rodeiam. Depois de beijar um crucifixo e com olhar dirigido ao céu, falece em paz. O santuário está hoje a cargo do clero diocesano, com a assistência de uma comunidade de Irmãos de São João e tem como seu eixo pastoral oferecer o Sacramento da Reconciliação.
Colaborou: Maria Alice Soares de Castro
Oração: Senhor, cheio de ternura e de misericórdia, Dá-nos Tua bênção por meio de Teu Filho Jesus, Senhor, que nos deu Laus, refúgio dos pecadores, Dá-nos Tua bênção por meio de Maria, nossa Mãe, Que veio a este refúgio visitar os homens em seus sofrimentos. Dá-nos Tua bênção por meio de Benoîte Rencurel, Por seu testemunho e pelos 54 anos à escuta da Bela Senhora. Assim, Senhor, pela intercessão de Maria, Morada de Espírito Santo, Transforme nossos corações de pedra em corações de carne. Faça com que, a exemplo de Benoîte, Nós nos deixemos transformar, Para viver, hoje e sempre, A fidelidade ao Evangelho na Igreja e no mundo. Amém.
Nossa Senhora de Laus! Rogai por nós que recorremos a vós!