Essas são palavras de Pio XII, depois repetidas por João Paulo II em julho de 1986, por ocasião do quarto centenário da restauração miraculosa do quadro da Virgem.
Esse quadro, medindo 1,13 × 26 cm, encomendado por Antonio de Santana, rico proprietário de terras, foi pintado por Alonso de Narváez, sobre uma tela rústica tecida pelos índios.
Depois de doze anos exposto à veneração popular, essa obra de arte apresentou sinais de deterioração e foi retirada do altar. Maria Ramos, uma devota, encontrando-o entre elharias de um depósito, recolheu o quadro e colocou-o num pequeno altar em sua casa. Diante desse altar, toda tarde rezava com parentes e amigos. Conta-se que no dia 26 de dezembro de 1586, a tela se iluminou, as cores se reavivaram e a imagem reapareceu límpida e bela deixando atônitas as pessoas que ali rezavam. A notícia do prodígio espalhou-se e logo iniciaram-se as grandes peregrinações. Foi construída no local uma pequena capela que, em 160,8 tornou-se uma bela igreja e em 1812 cedeu lugar à atual basílica.
A pequena cidade colombiana de Chiquinquirá, às margens do rio Suárez, é testemunha de inumeráveis favores de Maria ao povo colombiano. Várias vezes durante o primeiro século de independência, quando o país foi vítima de lutas sanguinárias, a intervenção da Virgem foi decisiva. Em 1816, proclamada Capitã do Exército, a imagem foi levada ao campo de batalha. No dia da vitória ela recebeu, como ex-voto, a espada gloriosa do “libertador” Simon Bolívar.
Os dias 9 de julho e 26 de dezembro, datas consagradas à Virgem do Rosário de Chiquinquirá, trazem ao seu Santuário numerosas multidões vindas de todo o país e também dos países vizinhos.
Segundo reza a tradição, entre os primeiros conquistadores do Novo Reino de Granada encontrava-se Antonio de Santana, grande devoto da Virgem do Rosário e administrador dos povoados de Suta e Chiquinquirá.
Conforme a legislação da época, um dos primeiros deveres dos "encomederos" era a de construir uma casa com múltiplas dependências para acolher a própria família e também a administração dos colonos, dos escravos e dos índios das circunvizinhanças. Tal propriedade foi construída e evidentemente nela havia uma capela para os ofícios religiosos.
Desejando colocar ali uma imagem da Mãe de Deus, mandou pintar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário em uma manta de algodão. A manta era mais larga que comprida. Para que não ficassem vazios os lados da Mãe de Deus, mandou pintar Santo André, o Apóstolo, e Santo Antônio de Pádua, um de cada lado.
Logo que recebeu a imagem, colocou-a numa moldura e a expôs no altar da capela. Os anos se passaram e a falta de cuidados e a umidade deterioraram a manta, que se rasgou em várias partes. A pintura estava quase apagada.
Quando Dom Antonio faleceu, sua viúva se transferiu para Chiquinquirá, levando consigo o quadro, que foi colocado em uma capela. Dez anos depois veio àquele lugar uma piedosa mulher chamada Maria Ramos, cunhada do falecido Santana, que limpou o quadro e o colocou num lugar de melhor destaque na capela.
Numa sexta-feira, dia 26 de dezembro de 1586, Maria Ramos se preparava para sair da capela, quando uma índia cristã despertou sua atenção para a imagem, que aparecia cercada de brilhantes resplendores. Maria Ramos prestou atenção à ocorrência e foi grande seu assombro ao se dar conta da grande transformação que se dera na pintura, cujas cores, antes tão manchadas, agora apareciam vivas e claras, tão fortemente que resplandeciam por toda a capela. Maria Ramos e a índia começaram a clamar jubilosas até que chega Juana de Santana. As três mulheres se ajoelharam e louvaram a Deus por tão grande maravilha. E o prodígio se espalhou, tendo início os milagres.
Pio VII a declarou patrona da Colômbia em 1829. A imagem foi canonicamente coroada em 1919.
Nossa Senhora de Chiquinquirá! Rogai por nós que recorremos a vós!
Oração: Mãe padroeira da Colômbia, de Chiquinquirá abençoai a nossa terra, a nossa família, o nosso trabalho, os nossos amigos, a nossa vida toda. A vós nos consagramos, a fim de sermos adotados como filhos amados e protegidos. Amém.