Os fiéis sempre invocavam o nome de Maria com a esperança de que Ela os ajudasse a resolver seus problemas pessoais. Assim este título não é novo, pois a Mãe de Deus na liturgia romana tem sido denominada "esperança dos desesperados". O mais antigo santuário de Nossa Senhora da Esperança de que se tem notícia é o da cidade de Mezières, na França, construído no ano de 930; depois dele, vários outros foram erigidos.
Em Portugal, este culto desenvolveu-se muito na época das grandes descobertas marítimas, figurando dentre os seus devotos o comandante Pedro Álvares Cabral, que possuía uma bela imagem da padroeira em sua residência, trazendo-a consigo em sua viagem às Índias. O Brasil foi, portanto, descoberto sob o olhar terno e protetor da Mãe da Esperança.
A imagem da Santa foi trazida ao país e foi exibida nas duas missas do descobrimento, celebradas pelo frei Henrique de Coimbra. Em documentos preservados, Cabral revelou o desejo de manter um círio (vela) para iluminar sempre a imagem de Nossa Senhora da Esperança, de sua propriedade, carregada na viagem por ele capitaneada e que zarpou do Tejo aos 9 de março de 1500, regressando aos 23 de junho de 1501. Comprova-se, portanto, que o Brasil foi descoberto sob o olhar terno e protetor da Mãe da Esperança.
A imagem de Nossa Senhora da Esperança do navegador foi colocada em uma capela construída especialmente por Cabral para abrigá-la. Até o século XVIII a capela, deixada sob a guarda dos frades franciscanos, seria mantida por descendentes do descobridor oficial do Brasil. Atualmente, a imagem da Santa se encontra no altar de São Tiago, na vila de Belmonte, em Portugal. Foi trazida novamente ao nosso país durante o Congresso Eucarístico Internacional do Rio de Janeiro, em 1955.
A imagem clássica portuguesa da Senhora da Esperança foi esculpida em pedra, pesa 90 quilos e representa a Virgem Maria de pé com o menino Jesus sentado em seu braço esquerdo, segurando com a mão direita o pezinho dele. O Divino Infante aponta com a mãozinha direita para uma pomba (símbolo do Espírito Santo), que repousa sobre o braço direito de sua Mãe.
Nos tempos modernos a devoção a Nossa Senhora da Esperança foi revivida após a aparição da Virgem Maria em Pontmain, nos dias terríveis da invasão prussiana (1870-1871), quando o inverno, a fome e a guerra se uniram para castigar o povo francês. Foram inúmeras as graças alcançadas no lugar da aparição e pouco depois se ergueu ali uma bela basílica, que foi entregue aos cuidados dos padres Oblatos de Maria Imaculada.
Esta efígie histórica mostra a Virgem Santíssima com o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo e apontando para uma pomba, que repousa sobre o seu braço direito. Ela está atualmente na cidade de Belmonte, numa capela onde se diz ter sido batizado o descobridor do Brasil, e foi trazida novamente ao nosso país durante o Congresso Eucarístico Internacional do Rio Janeiro, em 1955.
Nos tempos modernos, a devoção à Nossa Senhora da Esperança foi revivida em Saint Brieuc, na Grã-Bretanha, e espalhou-se de maneira excepcional após a aparição da Virgem Maria em Poitmain, nos dias terríveis da invasão prussiana, quando o inverno, a fome e a guerra se uniram para castigar o povo francês. O dia 17 de janeiro foi, em 1871, especialmente sombrio para a história da França. Paris estava sitiada e as tropas em retirada. O bispo de Saint Brieuc, desesperado, fez um voto solene a Nossa Senhora da Esperança para que salvasse sua pátria, e ordenou que o mesmo fosse lido na capital às seis horas da tarde. Mais ou menos a essa hora, na vila Pontmain, próxima às linhas inimigas, o Sr. Barbedette terminava em seu celeiro o trabalho cotidiano, auxiliado pelos filhos: Eugênio, de 12 anos, e José, de 10. Escurecia, e o mais velho, cansado, saiu um pouco para espairecer e ver como estava o tempo lá fora. Qual não foi sua surpresa quando, sobre uma casa próxima, a poucos metros de distância, Eugênio avistou uma jovem senhora, resplendente de luz e de incomparável beleza, vestindo um traje azul, salpicado de brilhantes estrelas e calçando sandálias azuis com fivelas douradas. Sobre a cabeça, apresentava um véu preto e, por cima, uma coroa, que era mais alta na frente e menor atrás.
O menino contemplava extasiado a maravilhosa aparição, quando uma vizinha saiu de casa. “Joana” - disse Eugênio - “a senhora não enxerga nada lá em cima da casa do vendedor de fumo?” Por mais que olhasse, contudo, ela nada conseguiu avistar. O mesmo estava acontecendo com o Sr. Barbedette. Porém, seu irmãozinho José logo percebeu a visão e, além de descrevê-la do mesmo modo que Eugênio, exclamava entusiasmado: “Como é linda! Como é linda!” A mãe das crianças também nada enxergou, mesmo colocando os óculos. Por isso, achou que era uma alucinação dos meninos e levou-os para jantar. Algum tempo depois, eles tiveram licença para sair e viram que a bela senhora continuava de pé no mesmo lugar. O Sr. Vigário e a irmã Vitaline, professora dos videntes, chamados ao local, nada puderam ver. No entanto, outras duas meninas internas, que acompanhavam a irmã, contemplaram a celestial aparição e demonstraram grande alegria ao vê-la sorrir. Emocionada, a multidão de curiosos que ali se encontrava, a convite do vigário prosternou-se e começou a rezar. Aos poucos, a visão foi se transformando aos olhos das crianças. Apareceu em volta da Senhora uma fita azul com quatro velas: duas na altura dos ombros e duas no joelhos. Mais tarde, outra fita muito comprida desenrolou-se sob os pés da Virgem e uma pena invisível escreveu os seguintes dizeres: “Mas rezai, meus filhos! Deus vos atenderá dentro em breve. Meu Filho se deixa enternecer”. Viram depois, nas mãos de Maria, um crucifixo vermelho e uma estrela que, dando volta em torno da Senhora, acendeu as quatro velas, parando em seguida sobre a sua cabeça. Finalmente, às 20h45, um véu subiu pouco a pouco e escondeu a aparição.
Este fato extraordinário despertou vivo interesse na região, principalmente porque, dez dias depois, foi assinado o armistício, terminando a sangrenta guerra entre a França e a Alemanha. O bispo de Laval, após detalhados exames sobre o assunto, publicou, a 02 de fevereiro do ano seguinte, uma carta admitindo a realidade da aparição e autorizando o culto da Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora da Esperança de Pointmain. Foram inúmeras as graças alcançadas no lugar da aparição e, pouco depois, erigiu-se ali uma bela basílica, que foi entregue aos cuidados dos padres Oblatos de Maria Imaculada, ordem para a qual entrou, posteriormente, José Barbedette, um dos pequenos videntes. A Ordem dos Oblatos, instituída na França em princípio do século XIX, espalhou-se pelo mundo devido à sua admirável obra missionária, chegando ao Brasil em 1946. Oito anos depois, os padres se estabeleceram em Poços de Caldas (MG), no bairro operário de Vila Cruz, onde formaram um colégio para crianças pobres.
Oração: SENHORA DA ESPERANÇA, Tua alegria era fazer a vontade do Pai. Tua vida era estar atenta às necessidades dos outros. Intercede por nós! Quando nossa fé vacila, Quando somos tentados a desesperar, SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós! Quando fechamos o coração, Quando consentimos à injustiça, SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós! Quando parece ser difícil seguir teu Filho, Quando nos cansamos de fazer o bem, SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós! Quando o 'não' se antecipa ao nosso 'sim', Leva-nos a JESUS CRISTO, nossa esperança. Amém.
Nossa Senhora da Esperança! Rogai por nós!